Os tecnologistas, cientistas,
engenheiros e demais profissionais da área vem estudando variedades de
concreto, tentando suprir ou corrigir as suas desvantagens. Exemplo Concreto
Flexível, Bioconcreto, Concreto Autocicatrizante (CAC) e demais variedades.
Os estudos para concreto
Autocicatrizantes começaram em 1994, com a pesquisadora C.Dry. A mesma propôs
que fossem incluídas propositalmente propriedades autocicatrizantes no
concreto. A partir daí começaram os estudos para um novo tipo de concreto que
tenha a capacidade de reparar as suas próprias fissuras.
Para obter o efeito desejado
precisamos de um dispositivo que acione a reação de autocicatização, como um
gatilho para disparar a ação. Já foi identificado até o momento as que foram
disparadas por liquido ou gases, pelo fornecimento de calor ou pela formação de
fissuras.
Para a capacidade da autocicatrização
do concreto, já foi proposto vários tipos de agentes cicatrizantes, onde cada
um dos agentes tem suas características.
Nos concretos em geral, a
autocicratização natural ocorre de forma
limitada, corrigindo, por colmatação, fissuras com aberturas de até 0,2 mm e
desde que haja condições adequadas para a formação dos produtos de preenchimento.
Nos concretos especiais
autocicatrizantes, o aumento da capacidade de autocicatrização se da
basicamente pela inclusão de fibras que limitam de fissuras, pelo uso de
agentes retentores de água, que conferem maior umidade no concreto nas
proximidades das fissuras e pelo uso de agentes cicatrizantes poliméricos e
biológicos.
Os concretos autocicatrizantes podem
impermeabilizar integralmente toda a estrutura de concreto, com a aplicação de
um impermeabilizante a base de catalizador cristalino, (MORI KURAMOTO, TAKAGI,
HORIE, TANIMOTO, 1996).
“No Brasil, a tecnologia dos
concretos autocicatrizantes é desenvolvida nos laboratórios de pesquisa do
Departamento de Materiais do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), e tem
sido aplicado em projetos específicos, onde se busca maior durabilidade das
obras”, diz o engenheiro civil Emilio Minoru Takagi.
“O catalisador cristalino eleva a
alcalinidade da água dentro das fissuras, o que favorece a formação de produtos
hidratados estáveis nas faces internas das fissuras estáticas, com abertura de
até 0,4 mm”, revela Emilio. Essa tecnologia também foi utilizada na laje de
subpressão do Museu da Imagem e do Som do Rio de Janeiro (MIS-RJ) e na
cobertura fluída do Museu de Arte do Rio (MAR).
Do ponto de vista dos resultados,
técnicos e financeiros, acredita-se que ainda valha mais a pena evitar a formação
de fissuras, por meio da eficiência no projeto estrutural, na escolha dos
materiais, na formulação/dosagem do concreto, correção dos processos de
lançamento, adensamento e cura.
POSTADO POR:Francisco Alison, Jeovania Dantas e Wilson Dantas
REFERÊNCIAS
TAKAGI, Emilio Minoru, Dissertação:
Concretos autocicatrizantes com cimentos brasileiros, Campo Montenegro, São
José dos Campos-SP, 2013.
Olá boa noite galera do concreto fora do cotidiano!
ResponderExcluirConcreto autocicatrizante, uma tecnologia ainda muito recente no Brasil e no mundo, os primeiros estudos sobre o tema datam a primeira metade do século XX e partia da primícia de que podia se transformar a portlandita (Ca(OH)2, composto parcialmente solúvel presente nas interfaces do concreto seccionadas pela fissura em compostos insolúveis e com boa resistência mecânica, o processo ocorreria através da insuflação sob pressão do gás tetra fluorsilicato na fissura, buscando-se o resultado da reação.
Mais modernamente, inclusive se valendo da nanotecnologia, estuda-se a introdução de microcápsulas na formulação do concreto, que ao se romperem, em decorrência da manifestação da fissura, poderiam liberar compostos que, combinando-se ou não com a portlandita, obturariam a fissura, dificultando ou mesmo impedindo o acesso de elementos agressivos ao concreto e às armaduras.
Enfim, ainda estamos em desenvolvimento nessa parte da tecnologia e nanotecnologia no concreto, mas já é um avanço para nossas gerações futuras, Eu particularmente recomendo como foi citado no texto acima evitar essas fissuras através da eficiência do projeto estrutural, da escolha dos materiais, na formulação/dosagem do concreto, correção dos processos de lançamento adensamento e cura.
At. Antonio Daniel Vieira Mendes. Eng. Civil 4NA
Boa tarde, Antonio Daniel, concordamos com com o comentário, mas estudos inserindo propositalmente componentes para a cicatrização, isso apartir da data. Isso claro foram estudo que começaram a incluir intencionalmente alguns gatilhos e agentes cicatrizantes.
ExcluirAtt: Francisco Alison, Jeovania Dantas e Wilson Dantas
Olá pessoal! Tema super interessante e exposto com clareza.
ResponderExcluirTemos que observar a necessidade de referenciar sempre os conceitos e informações técnicas apresentadas. Também é importante buscar mais de uma fonte de pesquisa.
Parabéns ao grupo.
Boa tarde, é Rosangela Oliveira foi esquecimento mesmo por parte nossa de colocar as outras fontes.
ExcluirAtt: Francisco Alison, Jeovania Dantas e Wilson Dantas
Tendo-se as vantagens do concreto autocicatrizante, analise o texto e a proposta do concreto e cite situações em que este pode ser empregado de forma a minimizar problemas patológicos em estruturas.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ExcluirBoa tarde, Rosangela Oliveira, esse tipo de concreto tem baixa manutenção. Devido a esse ponto são utilizados em algumas situações, em reservatórios, estruturas de concreto, túneis, estações de metro, etc. Att: Francisco Alison, Jeovania Dantas e Wilson Dantas
ExcluirVenho compartilhar convosco uma contribuição do microbiologista holandês Hendrik Marius Jonkers que, no intuito de criar um concreto que se auto reparasse, formulou uma solução de bioconcreto que consiste basicamente de bactérias que são selecionadas de ambientes que se assemelham a rochas. Os esporos produzidos por estas bactérias são introduzidos no concreto e serão acordados quando água e nutrientes (que também devem ser introduzidos no concreto) se mostram presentes, momento em que se desenvolvem em uma colônia de bactérias ativas que, em seguida, metabolizam os nutrientes e formam minerais baseados em cálcio em um processo onde essencialmente vão criando pedra dentro de concreto.
ResponderExcluirJonkers criou também uma solução líquida para ser aplicada em edificações construídas com concreto padrão, agregando desta forma um agente biológico de recuperação a construção.
No link em anexo um breve vídeo (1m:15s) para melhor visualizar a solução proposta por este microbiologista. https://goo.gl/hnmd2L
Att. Arthur Brietzke.
Olá, boa noite!
ResponderExcluirTenho uma observação a fazer em relação ao tema apresentado:
Foi repassado recentemente em minha turma (4NA Eng. Civil - UnP - Mossoró/RN) e também em material de estudo, que essas microfissuras podem ser decorrentes de vários fatores, como por exemplo: moldagem de estrutura incorreta, dosagem dos materiais na produção do concreto, desníveis de terreno, decalque em determinada parte da estrutura em relação ao mal estudo do solo (sondagem), entre outros. Essa nova tecnologia é muito apropriada para as construções hoje, mas acredito que isso possa intensificar um pouco a falta de atenção de alguns profissionais na área. Devido a autocicratização do concreto, algumas microfissuras que possivelmente possam acarretar um problema, podem passar despercebidas (Lembrando que essa observação se dá a falta de atenção de alguns profissionais) levando a perder mais tempo e gastos com a reestruturação, como apresentado no tema e em alguns comentários acima. No meu ponto de vista e acredito que de todos, nós que iremos trabalhar nessa área, devemos ser ao máximo cuidadosos e cautelosos no momento da construção, claro que com o avanço tecnológico e as novas fórmulas, isso aumenta ainda mais a produtividade e agilidade de uma obra, mas sempre que for localizado uma microfissura, verificar todas as possíveis causas, mesmo se o concreto for autocicratizante ou se tenha algum outro componente que minimize essa situação.
Att: Jefersson Mendes
Boa tarde!
ExcluirSim, mas existe em diferenças entre fissuras, rachaduras e trincas. Esse tipo de concreto normalmente usado em fissuras.
Fissuras: geralmente, são aberturas estreitas e alongadas na superfície de um material. As fissuras são, na maioria das vezes, de gravidade superficial, como um problema na pintura, na massa corrida ou no cimento queimado, o que não indica problemas estruturais no seu imóvel. No entanto, toda rachadura começa como uma fissura, por isso é importante ficar atento e observar se há evolução da fissura ao longo do tempo.
Trincas: são aberturas mais profundas e acentuadas, causando a “separação entre as partes”, como uma parede, por exemplo. Essa situação já é mais difícil de categorizar, pois exige equipamentos especializados. Por isso, sempre fique atento, pois o que parece fissura pode ser uma trinca.
As trincas são muito mais perigosas do que as fissuras, pois apresentam ruptura dos elementos, como no caso mencionado da parede, e podem afetar a segurança dos componentes da estrutura de sua casa ou prédio.
Rachaduras: as rachaduras são aberturas maiores, mais profundas e acentuadas. São muito evidentes e facilmente perceptíveis. Para serem caracterizadas como rachaduras, as aberturas são de tal magnitude que vento, água e até luz passam através dos ambientes. Esse problema requer cuidado imediato.
Att: Francisco Alison, Jeovania Dantas e Wilson Dantas
Eai pessoal, trabalho muito bom o grupo tá de parabéns, andei lendo sobre o Concreto autocicratizante e achei relevante deixar uma contribuição para o tema.
ExcluirEspecificação e vantagens
Por ser 30% mais caro do que o concreto convencional, o concreto autocicatrizante não deve ser aplicado em qualquer tipo de obra. Ele é recomendado para construções pesadas como reservatórios, estruturas de saneamento, túneis e estações de metrô. Contudo, dispensa impermeabilização, o que torna a solução mais interessante economicamente e acelera o cronograma.
Outra vantagem do concreto cicatrizante é a durabilidade. Ele dura cerca de 20 a 30 anos mais do que o concreto tradicional – assim, o custo inicial acaba sendo diluído pela baixa necessidade de manutenção.
FONTE: Mapa da Obra
Obrigado pela colocação e complementação do comentário Grupo Prointest Projetos.
ExcluirParabéns ao grupo pela publicação! Tema muito interessante e de suma importância para o futuro da construção civil.
ResponderExcluirQueria deixar aqui algumas informações que adquiri ao pesquisar sobre o tema:
A base para a fabricação do bioconcreto é o uso de bactérias que possam sobreviver às condições mais extremas, como um ambiente com pH alto, e à mistura com o concreto tradicional. Se esses micro-organismos conseguirem se manter sempre ativos, reproduzirão condições alcalinas satisfatórias para sua reprodução. No decorrer disso, eles se alimentarão de lactato de cálcio e produzirão calcário, que é o um item fundamental para a “cura” das rachaduras.
Cápsulas feitas com plástico biodegradável são colocadas ao lado das bactérias. Quando a umidade penetrar nas fendas, a água ativará todo o processo. Os bacillus, que estavam adormecidos, despertarão e os invólucros ao redor serão rompidos. Então, todo o calcário produzido encherá as cavidades, de dentro para fora. Com os orifícios selados, nenhum outro agente agressivo poderá penetrar e danificar a estrutura.
Fonte: http://blogdaengenharia.com/bde-explica-concreto-autocurativo/
Att.: Maria Elizama - ECI 4NA.
É um concreto ideal para construções pesadas, devido a sua baixa necessidade de manutenção.
ResponderExcluirAtt. Marcela Maia
Eng. Civil UnP. 4NA
Boa noite, antes de qualquer coisa queria parabenizar aos meus colegas pelo excelente trabalho de pesquisa, da forma que foi passada e de sua organização. Acredito que falar desse tema não foi algo nada fácil, pois quando se há muitas informações sobre o assunto fica difícil não ser prolixo e ao contrário também é um erro, mas vocês conseguiram passar o conteúdo de uma forma didática, realmente merecem parabéns. Em relação ao conteúdo, concreto autocicatrizante vem ganhando cada vez mais espaço em obras brasileiras e com o complemento da nanotecnologia introduzindo microcápsulas na formação do concreto, que ao se romperem em decorrência da manifestação de fissuras, liberariam compostos que obturariam a fissura, dificultando ou mesmo impedindo o acesso de elementos agressivos ao concreto e às armaduras. portanto trazendo melhorias incalculáveis para a construção civil.
ResponderExcluirFernanda Feitosa. 4na.
Boa noite, trabalho muito interessante, ta de parabéns o grupo. Como já foi citado aqui é um concreto muito bom para construções que exigem uma grande manutenção, uma grande desvantagem e que é cerca de 30% mais caro que o convencional, só que uma grande vantagem é a sua vida útil chegando a quase 30 anos a mais que o cimento comum utilizado.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirSeria muito interessante a utilização do concreto cicatrizante em tubos de concreto utilizados em drenagem de águas pluviais e esgotos sanitários!
ResponderExcluirDiego Arthur
Turma 4NA
ResponderExcluirQuero só elogiar,pois com as discussões e comentários ocorridos foram o suficiente para aprender sobre o tema.No meu pensamento, com os avanços que estão vindo nas tecnologias dentro da construção civil, creio eu que este processo de cicatrização do concreto logo, logo irá se tornar absoleto.
Tânia Mateus
4NA
Pesquisando sobre o concreto autocicatrizante vi que tem baixa necessidade de manutenção,
ResponderExcluirtornando assim viável em certas praticas de construção.
Att;
Deyvitt Barros.
O trabalho de Emilio Minuru Tagaki analisa o concreto autocicatrizante voltando-o para atender algumas deficiencias do concreto autoadensavel, além que é desenvolvido por ele o metodo de cicatrização autogena. Alguns disseram sobre os esporos das bacterias por ser uma tecnica não pratica ele não aprofundou neste tema; focando porém em materiais como os cimentos contendo escorias de auto forno. aplicou fibras sinteticas pois estas so cicatrizam pequenas fissuras e as fibras dispersam as fissuras em fissuras menores fazendo com que o processo tenha maior eficiencia alem de alguns aditivos.
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